Metabolismo De Nitrogenio Em Plantas De Soja Glycine Max L Merr Cv Iac 17 Submetidas A Deficienca De O2 No Sistema Radicular

Author : C. A. F. de SOUSA
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Download or read book Metabolismo de nitrogenio em plantas de soja (Glycine max (L.) Merr. cv. IAC-17) submetidas a deficienca de O2 no sistema radicular written by C. A. F. de SOUSA and published by . This book was released on 2001 with total page pages. Available in PDF, EPUB and Kindle. Book excerpt: A soja (Glycine max (L.) Merr.) e um dos modelos mais usados para se estudar a deficiencia de O2 no sistema radicular de plantas. Apesar disso, a literatura e carente de informacoes a respeito do encharcamento radicular na soja e seus efeitos sobre os teores de metabolitos, especialmente os nitrogenados, nas raizes e suas formas de transporte pelo xilema e floema. Portanto, este trabalho teve os seguintes objetivos: 1. determinar os efeitos da hipoxia no sistema radicular da soja sobre os teores de metabolitos nas raizes, nos exsudatos do xilema e floema e sobre a atividade das enzimas alanina aminotransferse e aspartato aminotransferase nas raizes; 2. determinar o tempo necessario para a recuperacao dos teores dos metabolitos nas raizes e no exsudato no xilema e da atividade da enzima alanina aminotransferase em raizes de soja, apos o retorno a normoxia, 3. Purificar e caracterizar a enzima alanima aminotransferase em raizes de soja sob hipoxia. Plantas de soja cv IAC-17 nao noduladas foram cultivadas em solucao nutritiva sob normoxia (borbulhamento continuo de ar comprimido) e, ao atingir o estadio V5, foram submetidas aos seguintes experimentos; 1. Entrada em hipoxia: suspensao do borbulhamento de ar comprimido, combinado com a aplicacao de uma camada de oleo mineral a solucao por ate 120 h; 2. Hipoxia seguida pelo retorno a normoxia: suspensao do borbulhamento de ar comprimido, combinado com o borbulhamento de N2 gasoso na solucao por 120 h, com posterior retorno a normoxia por ate 96 h. Em ambos os experimentos, sob normoxia, os teores de O2 na solucao nutritiva situaram-se em torno de 87% de saturacao (6,5 mg/ml). Ao se iniciar a hipoxia no experimento 1, houve uma diminuicao gradativa nos teores de O2, que se estabilizaram em torno de 6% de saturacao (0,4 mg/ml), depois de 8 h, enquanto no experimento 2, houve uma diminuicao abrupta nos tepres de O2 na solucao nutritiva, apos 6 h de hipoxia, para valores em torno de 5% (0,3 mg/ml) e, apos 24 h, para 4% (0,2 mg/ml). Nas raizes de soja, observaram-se aumentos nos teores de amido e WSP nas primeiras 24 h de hipoxia, nos teores de aminoacidos ate 48 h, e nos teores de acucares soluveis totais, sacarose e proteina, a partir de 48h ate 96 h de hipoxia. Houve diminuicao nos teores de NO3 ao longo de 96 h de hipoxia. No exsudato do xilema, houve aumento nos teores de aminoacidos, tambem, ate 48 h de hipoxia, mas uma diminuicao abrupta nos teores de NO3 nas primeiras 24 h. No exsudato do floema, houve uma reducao pela metade nos teores de aminoacidos, acucares soluveis totais e sacarose, apos 96 h de hipoxia, comparando-se ao controle normoxico. No retorno a normoxia, o restabelecimento dos teores de matabolitos encontrados nas raizes e no exsudato do xilema, no periodo anterior a hipoxia, ocorreu dentro de 48 h, com excecao de NO3 e proteina, cujos teores foram restabelecidos aos niveis do controle, apos 72 h. Houve aumentos nos teores de Ala e lactato em raizes de soja nas primeiras 48 h de hipoxia, e de piruvato e etanol, ate 120 h de hipoxia. Sob hipoxia radicular, o destino principal do piruvato foi sua conversao a Ala, que se acumulou na proporcao de 5:1 e 6:1, em relacao e lactado e etanol, respectivamente. No retorno a normoxia, as raizes de soja recuperam os teores pre-hipoxicos dos metabolitos da anaerobiose em 48 h. Sob normoxia, a Asn foi oaminoacico encontrado em maior proporcao nas raizes e no exsudato do xilema de soja. Sob hipoxia radicular, entretanto, houve uma diminuicao acentuada nos teores de Asn nas raizes e no exsudato do xilema e um aumento dramatico nos teores de Ala e Gaba em 48 h. No retorno a normoxia, o restabelecimento dos teores desses aminoacidos aos niveis pre-hipoxicos, tambem, ocorreu em 48 h. Em raizes de soja, a atividade das enzimas alanima aminotransferase e aspartato aminotransferase aumentou em mais de duas vezes, apos 96 h de hipoxia e, no retorno a normoxia, a enzima alanina aminotransferase apresentou meia vida de 48 h. Estas mudancas explicam, em parte, o aumento nos teores de Ala na raizes e no exsudato do xilema de plantas de soja sob hipoxia radicular. A enzima alanina aminotransferase foi parcialmente purificada atraves do fracionamento por sulfato de amonio e pelas cromatografias de troca ionica e filtracao em gel. Esta enzima apresentou Km de 1 mM para poara Ala, 0.126 mM para 2-oxoglutarato, 0.054 mM para pyr e 0,53 mM para Glu, 100 kD de massa molecular e forte inibicao por aminoxiacetato.